quarta-feira, 11 de abril de 2012

As oportunidades dos pequenos

António Vitorino publicou recentemente um texto, em conjunto com Vaira Vike-Freiberga, antiga presidente da Latvia. Parece que o texto, publicado pelo Project Syndicate (3 de abril) com o título "A German Europe?", passou despercebido nos media. Mas vale a pena reflectir sobre esse texto, considerando a experiencia dos autores no "inner side" mais recondito de como se faz e acontece a poltica europeia em Bruxelas.
Os autores argumentam que o aumento de peso de Berlim (e de Paris) é também, nas condições atuais, uma oportunidade para os pequenos que sejam capazes de ter a audácia e a ambição de pensar o cenário europeu em grande, muito em especial no domínio das relações internacionais:
  • with Germany introverted, France downgraded, and Britain semi-detached, the big story in European foreign policy is that the time has come for the little guy who thinks big.
  • So the answer today to Henry Kissinger’s famous question about whom he should call when he wants to speak to Europe, is not necessarily “the German chancellor.” 
Pequenos como a Suécia ou a Polónia, e por que não mesmo Portugal ou a Latvia.
  • As the “big three” increasingly pursue their own narrowly defined national interests, however, other EU member states are emerging as leaders in key foreign-policy fields.
  • Moreover, Germany, it seems, is becoming a “geo-economic power” driven by the needs of its export sector. By using economic means to pursue its foreign-policy ends, Germany is gradually turning its back on its European partners.
  • So, Poland and Sweden:  Europe needs your leadership. But that might not be enough in an EU with more than 500 million citizens. Other EU states need to follow their example in order to make European foreign policy truly effective and influential.  
A nossa leitura é que o dominio das relações internacionais é usado pelos autores para mostrar como a força das iniciativas dos pequenos paises pode ser muito relevante na politica europeia. Porventura mesmo no domínio económico e fiscal.
Mas claro - é preciso ter essa capacidade e essa ambição. É pena que alguns pequenos países, como Portugal, a tenha abandonado.

(Itálicos da nossa responsabilidade)

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